sexta-feira, 19 de junho de 2009

"Continuarei contratando apenas pessoas com formação", disse Josemar Gimenez, dos Diários Associados

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Publicado em: 18/6/2009 11:23
Por Thiago Rosa/Redação Portal IMPRENSA

Na última quarta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela revogação da exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Na ocasião, oito ministros votaram pelo fim da obrigatoriedade. Para o diretor de redação dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, Josemar Gimenez, a decisão não mudará, a curto prazo, o mercado do setor.

"Confesso que já esperava pelo julgamento, mas fiquei surpreso com a decisão do STF e os argumentos do ministro Gilmar Mendes (...) Mas mesmo respeitando a decisão do STF, como comandante de empresa responsável por vários jornais, continuarei contratando apenas pessoas com formação profissional", ressaltou Gimenez.

Na avaliação do diretor do Diários Associados, a decisão do STF pecou ao se basear pelas questões políticas que envolvem a profissão, não considerando as exigências do mercado e as "milhares de pessoas que prestam vestibular para jornalismo todos os anos".

Mesmo ao criticar a revogação da obrigatoriedade, o jornalista acredita que a decisão não implicará, a curto prazo, nas contratações de profissionais. "Nós não temos uma formação específica ainda. Continuaremos dando prioridade àqueles que estão capacitados para desempenhar as funções de jornalista".

A longo prazo, porém, Gimenez ressalta que o parecer do STF possa levar instituições jornalísticas, - como Fenaj, ABI e Sindicatos -, a criar cursos de especialização voltados à prática do Jornalismo. Países como Estados Unidos e Inglaterra já contam com essa medida, que possibilita o ingresso de profissionais de diversos setores na imprensa.

Um comentário:

  1. Acredito que não podemos observar somente a participação dos professores e instituições de ensino nesse processo, e nos esquecer da responsabilidade de cada aluno pela sua formação constante, dentro e fora da universidade, o que cada um vai fazer para melhorar seu repertório, independentemente da obrigatoriedade ou não do diploma. E pelo que li na notícia sobre os Diários Associados, as empresas ainda preferem os profissionais diplomados.

    De qualquer forma, estamos vivendo um momento histórico, mesmo que desfavorável. E, num futuro próximo, algum caso envolvendo a imprensa vai despertar esse tema, que pode trazer o diploma de volta.

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