quarta-feira, 22 de julho de 2009

Xinran: jornalismo de primeira


A jornalista Xinran foi uma grata surpresa na Flip. Não resisti e tietei.
Desde 1997, Xinran vive em Londres e só por isso conseguiu publicar o excelente livro "As boas mulheres da China", resultado de 20 anos de entrevistas que fez com ouvintes de seu programa de rádio. Em comum, as histórias contadas no livro carregam uma enorme carga de sofrimento e atrocidades que vitimaram as mulheres durante a Revolução Cultural (1966-1976) e a China comunista. O grande desafio da escritora foi fazer essas mulheres contarem suas histórias.
Para conseguir se aproximar das suas fontes e estabelecer com elas um diálogo, desde 1989 Xinran pinta apenas uma unha de vermelho. Tomadas de curiosidade, as pessoas chegam perto de Xinran para saber a razão daquele hábito estranho. Bingo! Começou a conversa.
"As boas mulheres da China" é uma aula de jornalismo. Imperdível. Uma pintura surreal. Para ler em um só fôlego.
"A mídia tem o poder de desorientar as pessoas" Xinran
O que fez da China uma nação em silêncio?
A resignação ao mandamendo de Confúcio: "Nunca questione ninguém", o sistema de leis rígidas e o temor a Mao, que era tratado como Deus.

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